segunda-feira, 2 de maio de 2011

Emiliano destaca os 31 anos da Biblioteca Campesina, em Santa Mª da Vitória

Em pronunciamento na Câmara Federal, na quinta (28/4), o deputado Emiliano José (PT-BA) registrou os 31 anos da Biblioteca Campesina, em Santa Maria da Vitória, na Bahia. “Tenho dito em várias ocasiões que a Biblioteca Campesina deve ser considerada, com justiça, patrimônio cultural do Brasil. Durante 31 anos, resistiu e é, sem dúvida, um orgulho da gente de Santa Maria da Vitória”.

Leia na íntegra
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Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em janeiro de 1980, numa reunião na casa de Joaquim Lisboa Neto, no bairro Sapolândia, com ativistas do jornal O Posseiro, surgiu a ideia de se criar a Biblioteca Campesina.

O autor da ideia foi Clodomir Morais, organizador das Ligas Camponesas do Brasil, precursoras do MST. Clodomir, recém-chegado do exílio, para visitar parentes e amigos na terra natal, Santa Maria da Vitória, se reuniu com os que faziam aquele jornal.

Um mês depois dessa reunião, inaugurava-se essa biblioteca que, no dia 15 de fevereiro, completou 31 anos.

A Campesina enfrentou todo tipo de obstáculo. Polícia, prefeito, delegado, pistoleiros, grileiros, enfim, todos os inimigos da cultura, em vários momentos, se juntaram para evitar que essa iniciativa vingasse.

Trinta e um anos depois, e hoje sob um governo progressista, o governo do padre Amário, a Campesina continua viva, balzaquiana imbatível, eterna amante dos amantes da cultura, depois de ter passado por tantas águas turbulentas.

Em decorrência da visão míope de governantes de Santa Maria da Vitória no passado, a Campesina viu-se na contingência de buscar apoio em outras cidades, outros estados, até em outros países.

Rompeu bloqueios e hoje é considerada a melhor biblioteca pública não-estatal do Oeste da Bahia e uma das melhores do Estado.

Tenho dito em várias ocasiões, que a Biblioteca Campesina deve ser considerada, com justiça, patrimônio cultural do Brasil. Durante 31 anos, resistiu e é, sem dúvida, um orgulho da gente de Santa Maria da Vitória.

Com aproximadamente 30 mil títulos, inclusive uma bíblia editada em 1617, no acervo da Campesina estão os jornais O Pasquim, Opinião, Movimento, Versus, Boca do Inferno, Em Tempo, Coojornal, entre outros.

Saúdo com muito carinho esses 31 anos de existência, de tanta contribuição à cultura, ao conhecimento, ao amadurecimento do povo do Oeste da Bahia e particularmente do povo da querida Santa Maria da Vitória, terra de Osório Alves de Castro, de Jheová de Carvalho, de Francisco Biquiba de La Fuente Guarani, de Clodomir Morais.

Saúdo de modo especial ao querido amigo e companheiro Joaquim Lisboa Neto, nosso Kynkas, artífice, criador, articulador da Campesina. Ninguém faz nada sozinho, e ele não o fez. Mas, muitas vezes, sem um estimulador, sem um organizador, sem um líder, as coisas não acontecem. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Foi assim que raciocinou Kynkas, e a Campesina aconteceu e acontece. E Santa Maria da Vitória e o Oeste da Bahia agradecem.

Muito obrigado.


Mais informações em www.emilianojose.com.br


Fonte:Assessoria de Comunicação
imprensa@emilianojose.com.br


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